terça-feira, 27 de maio de 2008

Cuide de seu cão, cinomose mata

A cinomose é muito perigosa e complicada. A veterinária Priscila Soares afirma que 90% dos animais que chegam na fase mais grave da doença não sobrevivem. Em cada animal ela se comporta de uma forma. “O melhor é prevenir com a vacinação”, alerta a veterinária. Cinomose é específica dos cães, adquirida por meio de contágio.

Segundo a veterinária num primeiro momento pode parecer dispendioso para o proprietário, mas ele está pagando pela saúde e pela vida do seu bichinho.

Priscila afirma ainda, que o vírus tem um período de encubação, que pode chegar até uma semana. Durante este tempo não é possível perceber sintoma nenhum no animal, mas o vírus já começou a agir. “É importante ter cuidado quando levar um animal desconhecido para dentro de casa. Se você não tem um animal vacinado corre o risco dele se contaminar”, conclui a veterinária.

Confira a entrevista na íntegra com a veterinária.

Pet Funny -
Como podemos perceber que o animal tem a doença?

Priscila - A primeira razão para começarmos a pensar que o animal está com esta virose, Cinomose, é o fato dele não estar com a vacinação em dia, isso indica que o animal está mais susceptível a adquirir o vírus.

PF - Quais os sintomas?

Priscila - Os sintomas podem ser variados, podendo aparecer sintomatologia respiratória, digestiva, ou até mesmo neurológica (esses sintomas podem aparecer isolados ou em conjunto).

Nos sintomas respiratórios é possível observar tosse, pneumonia com secreção nasal e secreção biocular mucopurulenta. É comum o animal apresentar hipertermia (febre).

A diarréia é um dos sintomas gastrintestinais que também pode estar presente.

Alterações dermatológicas também podem ser observadas principalmente nas regiões do abdômen, caracterizadas pelo aparecimento de pústulas. Outra alteração dermatológica comum na cinomose é a hiperqueratose do plano nasal e dos coxins palmares e plantares, as “almofadinhas” das patas.

Quando a doença evolui, passando para uma fase mais complicada, o animal pode apresentar sintomas relacionados ao sistema nervoso, como contrações involuntárias da musculatura e convulsões.

PF - Em que animais essa doença se manifesta?

Priscila - É uma doença específica de canídeos, não é transmitida para outras espécies e nem para o ser humano.

PF - O animal corre risco de morte?

Priscila - Sim. É uma doença muito séria, facilmente transmitida. Ela se comporta de forma diferente, dependendo do caso. Se o animal é mais fraco, ou o vírus é mais agressivo, o sistema nervoso pode ser acometido, fazendo com que o animal desenvolva a fase nervosa da doença. Nessa fase, normalmente 90% dos animais morrem.

PF - Como é transmitida a doença?

Priscila - A doença é transmitida pelo contato entre animais doentes e sadios, a principal via de transmissão é o ar, através de aerossóis, portanto um animal que está em casa sadio, pode adquirir a doença através do contato pelo portão com um cão de rua contaminado. A cinomose é uma doença adquirida.

PF - Existe tratamento?
Priscila - Sim. Mas o tratamento não é 100% eficaz para todos os animais. Não existe medicação para combater o vírus. Com a utilização de antibióticos, vitaminas e imunoestimulantes podem controlar a doença, contudo quando o vírus atinge o sistema nervoso, o tratamento na maior parte das vezes é ineficaz. Um grande aliado na recuperação do animal é a sua própria imunidade, quando está boa, este tem maior chance de se recuperar.

PF - Então a doença não tem cura?
Priscila - Depende. Alguns animais respondem bem ao tratamento outros não. Os que respondem ao tratamento ficam curados.

PF - Quando o animal deve ser vacinado?

Priscila - A partir dos 45 dias de idade deve ser feita a primeira dose da vacina polivalente. Deverão ser feitas três doses, com intervalo de 30 dias. A partir daí, passa a ser feito reforço anual. Todos os anos o animal deve receber uma dose da vacina polivalente, isso para o resto da vida.

PF - Ficam seqüelas?

Priscila - Se o animal contraiu a virose, foi feito tratamento e ele conseguiu sobreviver à doença, ele pode apresentar seqüelas. Essas são caracterizadas, principalmente, por contrações musculares involuntárias e alterações na parte locomotora. As seqüelas podem ser amenizadas com a realização de fisioterapia.

PF - O tempo médio de vida de um animal que teve a doença pode diminuir?

Priscila - A partir do momento que o animal responde bem ao tratamento e a doença para de progredir, a expectativa de vida do animal passa a ser igual a de um cão saudável.


Esse vídeo mostra as seqüelas da cinomose.

3 comentários:

*..K..* disse...

Olá, meu nome é Camila. No dia 03/08, trouxe uma cadelinha da rua para a minha casa.
O nome dela é Teka e há dois dias vem apresentando sintomas de traqueobronquite ou cianose (pelo que a veterinária falou, são parecidos). Tomara que seja a primeira opção...
Nas "andanças" pela web à procura de informação, acabei caindo aqui. Gostei muito do blog, espero voltar com boas notícias!
Até mais!

Pet Funny disse...

Oi Camila!
Eu também adotei uma cadelinha da rua. Ela tem a doença (cinomose). Graças a Deus hoje ela só tem sequelas, mas ela chegou no estágio mais grave da doença. Sempre tratamos com remédio e com o auxílio da veterinária. É importante procurar ajuda de um veterinário. Só ele pode dizer com certeza o que tem sua cadelinha!

Quanto antes você tomar providências melhor é para o seu animal!

Volte sempre ao blog!
Até mais.
Ana Carolina

Unknown disse...

Oi meu nome é Gisele minha cadelinha após 10 dias do parto começou a apresentar secreção ocular mau cheiro na boca e febre achamos que era pelo fato de ter perdido a cria a 3 dias atras começou com diarréia e hoje começou a gritarem repuxar a perna traseira levamos ao veterinário que através de exame de sangue e clinico diagnostico como Cinomose, ela esta no estado avançado da doença e já nos preparou para o pior, vamos ter que lutar muito e ela vai ter que ser muito forte para vencer essa batalha..

Até mais...