quinta-feira, 29 de maio de 2008

Saiba como acontece a gravidez psicológica nos animais

Gravidez psicológica nas cadelas é bem comum. A veterinária Priscila Soares afirma que isso acontece por uma alteração hormonal pós-cio. Por essa alteração é possível explicar porque existem casos de algumas cadelas adotarem tigres. “Elas já estão com todo o instinto materno, a parte hormonal está alterada”, justifica a veterinária.

PF - Qualquer fêmea está sujeito a ter uma gravidez psicológica?

Priscila - A pseudociese ou pseudogestação pode ocorrer tanto em cães como em gatos. É mais comum nos cães. Algumas fêmeas têm uma pré-disposição maior.
A gravidez psicológica ocorre normalmente depois do cio, a partir do momento que o animal parou de ter o sangramento.

PF - Como podemos perceber?


Priscila - Pelo comportamento do animal. É possível perceber também o aumento de volume das mamas e a produção de leite. Tudo isso é acontece por uma alteração hormonal.

PF- Existe tratamento?


Priscila - Não é necessário fazer tratamento, a alteração é autolimitante, então no período de uma a três semanas isso se resolve sozinho.
Existem medicamentos que podem antecipar a resolução disso, se o proprietário estiver incomodado com o comportamento do animal ou se a fêmea ficou agressiva, tem medicações para secar o leite e também diminuir essas alterações comportamentais dos animais.

PF- A fêmea pode adotar outro animal?


Priscila - É comum o animal adotar objetos ou bichinhos como filhotes e ainda ficar com ciúmes. Por isso às vezes acontece de uma cadela adotar um tigre, é justamente pelo instinto materno que tem envolvimento hormonal.

PF- O que podemos fazer para ajudá-la?


Priscila - O interessante é fazer com que o animal se distraia levando-o para passeare brincando mais com ele, assim passa mais rápido essa fase, isso ajuda. E deixá-lo com o bichinho adotado não tem problema, vai ficar por um tempo e depois ele esquece.

PF - É normal acontecer mais de uma vez?

Priscila - Sim, normalmente o animal que tem uma vez volta a ter.

PF - O que se deve fazer nesse caso?


Priscila - Castração ou submeter o animal a cruza.
Vai depender do proprietário, se ele não tem intenção que o animal venha a ter filhotes mais tarde, o interessante é uma castração, pois nunca mais o proprietário nem o animal vão passar por isso. Que acaba sendo um fator estressante para a cadela. Ou então é indicado que cruze o animal, que deixe ele ter uma cria, para ver se num próximo cio possa diminuir essa alteração.

PF - Existe algum perigo para a fêmea que tem esse tipo de gravidez?


Priscila - Não. Só é estressante, porque a parte psicológica dela entende como se estivesse tendo filhote. E com relação a lactação, pode ser administrado medicação para seque o leite. O que se pode fazer para ajudar a secar o leite é compressa quente, para quem não quer castrar tem a medicação.

Pode acontecer de a cadela começar a lamber as próprias mamas e com isso estimula a produção de leite. O ciclo que seria de uma a três semanas que é o normal para o leite secar pode passar um mês dois meses com lactação, porque ela mesma está se estimulando. Nesse caso já problema, ai com certeza é necessário começar com a medicação.
Já o proprietário fica incomodado com isso, pois vê que o animal não está bem.
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A idéia de conversar com a veterinária Priscila Soares sobre pseudogestação, entendida como gravidez psicológica e cinomose, surgiu simplesmente porque tenho uma cadela (a Staycey) que teve a pseudogestação duas vezes. Na primeira, eu e minha família, na tentativa de ajudá-la, buscamos um filhote abandonado para que de repente, a Staycey adotasse. Pois o animal na pseudogestação realmente produz leite. Mas ela rejeitou o filhote. Vale ressaltar que pegamos esse animal sem saber de onde veio, porque a Staycey é vacinada, regularmente. A cadelinha adotada, Barbie, tem cinomose, descobrimos a tempo de tratá-la. Hoje ela tem algumas sequelas, mas vive normalmente.
Confesso que não sabia a gravidade da doença. É muito importante vacinar seu animal.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Cuide de seu cão, cinomose mata

A cinomose é muito perigosa e complicada. A veterinária Priscila Soares afirma que 90% dos animais que chegam na fase mais grave da doença não sobrevivem. Em cada animal ela se comporta de uma forma. “O melhor é prevenir com a vacinação”, alerta a veterinária. Cinomose é específica dos cães, adquirida por meio de contágio.

Segundo a veterinária num primeiro momento pode parecer dispendioso para o proprietário, mas ele está pagando pela saúde e pela vida do seu bichinho.

Priscila afirma ainda, que o vírus tem um período de encubação, que pode chegar até uma semana. Durante este tempo não é possível perceber sintoma nenhum no animal, mas o vírus já começou a agir. “É importante ter cuidado quando levar um animal desconhecido para dentro de casa. Se você não tem um animal vacinado corre o risco dele se contaminar”, conclui a veterinária.

Confira a entrevista na íntegra com a veterinária.

Pet Funny -
Como podemos perceber que o animal tem a doença?

Priscila - A primeira razão para começarmos a pensar que o animal está com esta virose, Cinomose, é o fato dele não estar com a vacinação em dia, isso indica que o animal está mais susceptível a adquirir o vírus.

PF - Quais os sintomas?

Priscila - Os sintomas podem ser variados, podendo aparecer sintomatologia respiratória, digestiva, ou até mesmo neurológica (esses sintomas podem aparecer isolados ou em conjunto).

Nos sintomas respiratórios é possível observar tosse, pneumonia com secreção nasal e secreção biocular mucopurulenta. É comum o animal apresentar hipertermia (febre).

A diarréia é um dos sintomas gastrintestinais que também pode estar presente.

Alterações dermatológicas também podem ser observadas principalmente nas regiões do abdômen, caracterizadas pelo aparecimento de pústulas. Outra alteração dermatológica comum na cinomose é a hiperqueratose do plano nasal e dos coxins palmares e plantares, as “almofadinhas” das patas.

Quando a doença evolui, passando para uma fase mais complicada, o animal pode apresentar sintomas relacionados ao sistema nervoso, como contrações involuntárias da musculatura e convulsões.

PF - Em que animais essa doença se manifesta?

Priscila - É uma doença específica de canídeos, não é transmitida para outras espécies e nem para o ser humano.

PF - O animal corre risco de morte?

Priscila - Sim. É uma doença muito séria, facilmente transmitida. Ela se comporta de forma diferente, dependendo do caso. Se o animal é mais fraco, ou o vírus é mais agressivo, o sistema nervoso pode ser acometido, fazendo com que o animal desenvolva a fase nervosa da doença. Nessa fase, normalmente 90% dos animais morrem.

PF - Como é transmitida a doença?

Priscila - A doença é transmitida pelo contato entre animais doentes e sadios, a principal via de transmissão é o ar, através de aerossóis, portanto um animal que está em casa sadio, pode adquirir a doença através do contato pelo portão com um cão de rua contaminado. A cinomose é uma doença adquirida.

PF - Existe tratamento?
Priscila - Sim. Mas o tratamento não é 100% eficaz para todos os animais. Não existe medicação para combater o vírus. Com a utilização de antibióticos, vitaminas e imunoestimulantes podem controlar a doença, contudo quando o vírus atinge o sistema nervoso, o tratamento na maior parte das vezes é ineficaz. Um grande aliado na recuperação do animal é a sua própria imunidade, quando está boa, este tem maior chance de se recuperar.

PF - Então a doença não tem cura?
Priscila - Depende. Alguns animais respondem bem ao tratamento outros não. Os que respondem ao tratamento ficam curados.

PF - Quando o animal deve ser vacinado?

Priscila - A partir dos 45 dias de idade deve ser feita a primeira dose da vacina polivalente. Deverão ser feitas três doses, com intervalo de 30 dias. A partir daí, passa a ser feito reforço anual. Todos os anos o animal deve receber uma dose da vacina polivalente, isso para o resto da vida.

PF - Ficam seqüelas?

Priscila - Se o animal contraiu a virose, foi feito tratamento e ele conseguiu sobreviver à doença, ele pode apresentar seqüelas. Essas são caracterizadas, principalmente, por contrações musculares involuntárias e alterações na parte locomotora. As seqüelas podem ser amenizadas com a realização de fisioterapia.

PF - O tempo médio de vida de um animal que teve a doença pode diminuir?

Priscila - A partir do momento que o animal responde bem ao tratamento e a doença para de progredir, a expectativa de vida do animal passa a ser igual a de um cão saudável.


Esse vídeo mostra as seqüelas da cinomose.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

"Balaio" de oito gatos

Janine Abreu, jornalista funcionária da TV AL (Assembléia Legislativa), aparentemente mora sozinha, mas o que muitos não sabem é que junto com ela vive o Mini-João, Frajola, Batatinha, Preto, Bibi, Vitória, Scarlet e Nina, esses são seus oito gatos. Todos foram retirados das ruas e adotados por estar com dificuldades ou em uma situação de risco. Ela revela que como a maioria das pessoas tinha preferência por cães. Mas sua história com gatos começou quando foi morar com a irmã em São Paulo. Na casa onde moravam tinham duas gatas adultas, as quais Janine afirma não dar muita atenção. Até que a irmã dela resolveu adotar uma gatinha filhote, a Nina.

Segundo a jornalista, Nina tem pelagem colorida e um jeito engraçado que chamou sua atenção. Após dois anos morando em São Paulo, Janine confessa que se achava dona da gata. Quando voltou para Florianópolis ela diz que sentiu muita falta de Nina e muitas vezes sonhou com o bichinho. Em uma vinda de sua irmã a Florianópolis, Janine pediu que ela trouxesse Nina junto. Hoje com 10 anos, a gata continua sob os cuidados da jornalista que divide o espaço da casa com os outros sete gatos.

Gata Nina
Atualmente a rotina de Janine é dividida entre o trabalho e os animais. De acordo com a dona dos bichinhos, os cuidados que ela tem diariamente é alimentá-los com ração, a limpeza das caixinhas de areia duas vezes ao dia, uma boa dose de amor, carinho e atenção.

Há dois anos que Janine também alimenta dois gatos que vivem próximo a sua casa. Ela calcula que o gasto médio de ração por mês chega a R$220 e o número de cães e gatos que já ajudou conseguindo um lar chega a 30. “Quem quer e gosta dos animais, tem que dar bastante atanção a eles. Eles sempre são fiéis a nós, por isso temos a obrigação de ser fiel com eles”, destaca.

Fotos: Janine Abreu